Doença Respiratória
publicado em
01
de
Julho
de
2013
Importância da prevenção à asma durante o inverno
Controle da doença crônica respiratória é a principal causa para o êxito no tratamento
por Wander Veroni
Fonte: Agência Minas/Adaptação
Foto: iStock.
O inverno chegou. Junto
com a estação – marcada pela queda da temperatura e pelo ar frio e seco,
vem o alerta para as doenças respiratórias nas crianças, principalmente
a asma. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a asma é
responsável por 250 mil mortes prematuras em todo o mundo, sendo três
mil só no Brasil. Estima-se que 300 milhões de pessoas no mundo possuem
esta doença. Destes, cerca de 60% são crianças, por isso a importância
de redobrar a atenção sobre o tratamento e prevenção.
Em Minas Gerais, o
Hospital Infantil João Paulo II, da Fundação Hospitalar de Minas Gerais
(Fhemig), é referência estadual no atendimento em crianças com problemas
respiratórios. O Serviço de Pneumologia e Alergia Pediátrica do
hospital possui uma equipe multidisciplinar formada por professores e
pós-graduandos, que atendem em média 500 consultas agendadas por mês,
sendo cerca de 30% (150 a 200) casos de asma. Segundo dados da Fhemig,
em 2010, 1.040 pacientes foram internados por asma, passando para 540 em
2012. Já o número de atendimentos subiu de 3.904, em 2010, para 6.773,
em 2012.
Para o coordenador do
Serviço de Pneumologia e Alergia Pediátrica do Hospital João Paulo II, o
Dr. Wilson Rocha Filho, as faixas etárias mais vulneráveis são os
adolescentes e adultos jovens. “Muitas vezes, eles abandonam o
tratamento após apresentar melhoras e só usam a bombinha sem controle
médico, o que pode ser um perigo. Se não controlada, a doença limita as
atividades diárias e pode levar à morte, pois a inflamação crônica das
vias aéreas ataca o sistema respiratório e obstrui a passagem do ar”,
diz o médico.
O médico orienta ainda
que o tratamento varia conforme a gravidade da doença e deve ser
contínuo, a fim de evitar a necessidade de hospitalizações ou
atendimentos de emergência no momento das crises, que podem ser fatais.
“Dependendo da gravidade, há necessidade de uso diário e prolongado de
anti-inflamatórios inalados à base de corticosteroides, pois evitam a
resposta inflamatória do organismo e são eficazes para reduzir os
sintomas. Se as crises forem muito frequentes, pode-se usar medicações
preventivas”, revela.
Outra orientação
importante é que as casas devem ser bem ventiladas e os pacientes
alérgicos devem evitar o contato com pelos de animais, mofo, cheiro
forte e fumaça de cigarro. “Tem que tirar tudo: gato, cachorro, cortina.
Fazer uma higienização completa do ambiente”, recomenda a pediatra do
Hospital João Paulo II, Luciana Giarolla que explica ainda que a
inflamação crônica, associada a uma hiperrresponsividade das vias
aéreas, leva a episódios recorrentes de chiado, cansaço, aperto no peito
e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã.
Além disso, a
especialista conta ainda que, nas crianças, a asma pode ter um bom
prognóstico com o tratamento adequado e desaparecer antes que atinjam a
fase adulta. “É importante tranquilizar o paciente sobre sua condição,
lembrando-o de que a asma não é uma situação permanente de sofrimento e
que pode ser controlada, permitindo-lhe realizar normalmente as
atividades do dia a dia, inclusive exercícios físicos”.
Entre os fatores
desencadeantes das crises de asma, temos: poeira, fumo, pelos de
animais, grandes altitudes, variações de temperatura, infecções
respiratórias, estresse emocional e até exercícios físicos, alimentos e
medicações. Os especialistas orientam que as crianças que sofrem de
doenças respiratórias devem ser bem hidratadas e alimentadas, ter uma
dieta saudável e balanceada, além de evitar aglomerações.
Fonte: Agência Minas.
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