terça-feira, 9 de julho de 2013

Nova edição


Disponível nova edição da 'Ciência & Saúde Coletiva'

Publicada em
A edição de julho de 2013 (vol.18 n.7) da revista Ciência & Saúde Coletiva, da qual a pesquisadora da ENSP/Fiocruz Maria Cecília Minayo participa como editora-chefe, já está disponível on-line. A publicação apresenta um conjunto de artigos que trata do conceito e das práticas orientados à qualidade de vida. No editorial, de autoria da própria Minayo, a pesquisadora destaca que ‘Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, subjetiva e polissêmica, que se refere ao bem-estar que os indivíduos e a coletividade encontram na vida familiar, amorosa, social e ambiental. Do ponto de vista sociológico, o conceito se define como o padrão de sociabilidade e institucionalidade que uma sociedade determina para si e se mobiliza para conquistar, por meio de políticas públicas e sociais que induzam e orientem o desenvolvimento humano, as liberdades individuais e coletivas e as mudanças positivas no modo e no estilo de vida e nas condições sociais’.

Nos últimos 40 anos, em diversas áreas do conhecimento, foram desenvolvidos indicadores e parâmetros para operacionalizar o conceito em foco, sendo o mais universal deles o chamado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que critica a medida do desenvolvimento apenas pelo PIB e utiliza valores mais qualitativos como nível de renda, saúde e educação e longevidade, buscando comparabilidade entre as sociedades em que o índice é adotado.

No Brasil, desde o final dos anos 1980, desenvolveram-se instrumentos que medem a qualidade de vida a partir da compreensão das desigualdades, heterogeneidades e estratificações sociais do país e comparam as microrrealidades municipais e estaduais.
Um dos campos em que o conceito de qualidade de vida mais tem se desenvolvido é o da saúde.

 A OMS publicou, em 1993, o protocolo do The world health organization quality of life assessment (WHOQOL) que avalia seis domínios de bem-estar: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos, por meio de indicadores. A partir de então, pesquisadores do setor saúde passaram a realizar estudos com vários tipos de pacientes, tomando como base o WHOQOL, embora existam muitas críticas sobre o uso desse conceito na área médica.

Confira, abaixo, a participação da ENSP neste número da revista Ciência & Saúde Coletiva.

Em A segurança do paciente como dimensão da qualidade do cuidado de saúde – um olhar sobre a literatura, Cláudia Tartaglia Reis e Mônica Martins (ENSP/Fiocruz) e Josué Laguardia (Icict/Fiocruz) destacam o cenário moderno e competitivo dos sistemas de prestação de cuidados de saúde que se contrapõe às suas demandas ascendentes e aos recursos nem sempre suficientes. Por meio de uma revisão bibliográfica, o texto apresenta o discurso sobre a segurança do paciente a partir do século 21, enfocando sua relevância como problema global de saúde pública. Os autores verificam que a investigação sobre a segurança do paciente ainda não possui o benefício de ter suas abordagens bem estabelecidas.

Já Gabriela Rieveres Borges de Andrade e Jeni Vaitsman (ENSP/Fiocruz) apresentam em A participação da sociedade civil nos conselhos de saúde e de políticas sociais no município de Piraí, RJ (2006, a partir de entrevistas com conselheiros representantes da sociedade civil, duas dimensões da participação: a relação entre demanda por participação gerada pela atividade simultânea de vários conselhos setoriais e a base participativa existente na cidade e a relação entre os problemas que os entrevistados identificam e a sua atuação como conselheiros. Por fim, o artigo discute o potencial dos conselhos municipais em contribuírem com uma gestão intersetorial dos problemas da cidade.

A íntegra da edição de julho de 2013 (vol.18 n.7) da revista Ciência & Saúde Coletiva da Abrasco pode ser conferida

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