quarta-feira, 27 de junho de 2012

Rio+20

Saúde é chave para desenvolvimento sustentável, afirma relatório final da Rio+20

O documento enfatiza, entre outros pontos, a importância da cobertura universal de saúde e o combate às doenças não transmissíveis


Presidente Dilma Rousseff e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, durante cerimônia de encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) adotou uma série de medidas que segundo o texto vão contribuir "para um mundo mais justo, limpo, verde, e próspero" e destacou a relevância dos investimentos em saúde na busca da sustentabilidade.
O documento final da conferência ""The Future We Want", que será adotado por 190 países, afirma que as condições de saúde são um importante indicador do desenvolvimento sustentável.
Segundo a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, o enfoque na relação saúde e desenvolvimento sustentável é fundamental. "Pessoas saudáveis são capazes de aprender mais, produzir e contribuir para suas comunidades. Ao mesmo tempo, um ambiente saudável é um pré-requisito para uma boa saúde."
O documento também enfatiza a importância da cobertura universal de saúde para viabilizar um melhor desenvolvimento econômico e social. Reconhece, ainda, que as doenças não transmissíveis (DNT) constituem um dos principais desafios do desenvolvimento sustentável do século 21. "Estamos convencidos de que a ação sobre os determinantes sociais e ambientais da saúde, tanto para os pobres e os vulneráveis quanto para a população como um todo, é determinante para criação de condições inclusivas, justas, resultando em sociedades economicamente produtivas e saudáveis. Apelamos para a plena realização do direito ao acesso ao mais alto nível possível de saúde física e mental."
O que o relatório inclui sobre saúde e desenvolvimento
O acesso a melhores serviços de energia, incluindo soluções de aquecimento e de cozinhas sustentáveis, pode reduzir significativamente a pneumonia na infância e as mortes por doenças cardiopulmonares na idade adulta;
Maior foco em medidas de planejamento urbano, incluindo habitações e meios de transporte energicamente eficientes;
Melhores condições de saneamento diminuem a propagação de doenças transmissíveis;
Sistemas de alimentação sustentáveis podem contribuir para minimizar a fome e a desnutrição;
Uso da racional da água. Atendendo às necessidades básicas de água potável e o abastecimento da agricultura;
Garantir condições mínimas de segurança e saúde nos ambientes de trabalho pode reduzir índices de câncer, doenças pulmonares crônicas, ferimentos e mortes prematuras;
Universalização da Saúde
A Rio +20 também destacou a necessidade vital da universalização da saúde (incluindo políticas para prevenir, proteger e promover a saúde pública). Atualmente, 150 milhões de pessoas no mundo sofrem graves dificuldades financeiras todos os anos porque ficam doentes e não podem pagar pelos serviços ou medicamentos de que precisam para se recuperar. A cobertura universal de saúde poderia, portanto, combater a pobreza e construir comunidades mais prosperas.
Proteger e promover a saúde humana
Um dos resultados da ECO 92 foi a Agenda 21, um plano abrangente para uma ação global e local. O Capítulo Seis deste documento foca a proteção e promoção da saúde humana. Nos últimos 20 anos, a OMS vem trabalhando nas cinco áreas descritas neste capítulo: satisfação das necessidades de atendimento primário da saúde, especialmente nas zonas rurais; controle das moléstias contagiosas; proteção dos grupos vulneráveis; o desafio da saúde urbana; redução dos riscos para a saúde decorrentes da poluição e dos perigos ambientais.
Baixe o documento da página da ONU

Nenhum comentário:

Postar um comentário