Posted: 18 Jun 2012 06:18 AM PDT
Instituto
apoiará prontos-socorros do SUS da Zona Oeste a aperfeiçoar
atendimentos cardíacos de urgência, por meio do programa Telessaúde
O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, anunciou, nesta sexta-feira (15), investimentos de R$ 8,9
milhões na modernização de equipamentos do Instituto do Coração do
Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor). Os recursos serão usados para a
compra de equipamentos para atualização tecnológica do Instituto e para a
implantação do programa Telessaúde Brasil.
Os equipamentos serão utilizados
em serviços de hemodiálise, centro cirúrgico, UTI (adulto e neonatal),
lavanderia e serviço de diagnóstico por imagens. O pacote de aquisições
inclui também uma tomografia multislice, aparelhos de ultrassom e de
ecocardiograma, além 80 monitores e quatro centrais de monitorização de
pacientes em estado crítico. “Esses investimentos ajudarão o Incor a
manter o processo de modernização dos seus equipamentos, que darão maior
qualidade para o atendimento, sobretudo para pacientes em situações
críticas de doenças cardiovasculares e em cuidados intensivos”, afirmou o
ministro.
Além do aporte de R$ 8 milhões
nos equipamentos, o Incor receberá R$ 991 mil para implantação de
projeto-piloto dentro do Programa Telessaúde Brasil Redes. Com ele,
especialistas do Incor oferecerão orientação à distância aos
prontos-socorros do Sistema Único de Saúde (SUS) da Zona Oeste de São
Paulo.
Para oferecer a segunda opinião
médica aos profissionais nas outras unidades do SUS, o Incor terá
equipamentos de imagem, som e transmissão de dados da telemedicina.
Quando totalmente implantado, o serviço terá capacidade para atender 200
unidades.
“Com o atendimento à distância, o
elevado nível de especialização dos profissionais do Incor contribuirá
para salvar vidas a quilômetros de distância. A agilidade no diagnóstico
é uma das vantagens esperadas com a parceria”, afirmou o Ministério em
comunicado.
Pesquisas apontam que a maioria
das mortes por infarto ocorre nas primeiras horas de manifestação da
doença – 65% dos óbitos ocorrem na primeira hora e 80% até 24 horas após
o início do infarto. Para o ministro Alexandre Padilha, a medida
permitirá maior qualidade no atendimento do paciente e da instituição.
“Os profissionais estarão vivenciando como é tratar de doenças
cardiovasculares no dia a dia da vida de pessoas que estão distantes.
Isso é fundamental não só para a instituição, mas também para a formação
do profissional”, avaliou Padilha.
As doenças cardiovasculares são a
principal causa de morbidade, incapacidade e morte no mundo e no
Brasil. Em 2009, o Brasil teve 319 mil óbitos causados por doenças
cardiovasculares, o equivalente a 31% das mortes naquele ano.
TELESSAÚDE – Coordenado pelo
Ministério da Saúde, o Telessaúde permite que profissionais de saúde
troquem informações sem sair dos locais de atendimento, por meio de
videoconferências e internet. A ferramenta coloca à disposição dos
profissionais a possibilidade de discussão de casos com equipe
multiprofissional, evitando deslocamentos desnecessários do paciente,
qualificando o diagnóstico e permitindo a capacitação permanente.
A iniciativa funciona articulada
com as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Atualmente, 1.733
estabelecimentos do SUS contam com o programa, em 1073 municípios de 12
estados: Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Mato
Grosso do Sul e Acre.
Fonte SaudeWeb
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