quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cancerígeno

Coca-Cola vendida no Brasil contém maior quantidade de substância cancerígena

Pesquisa sugere que as latinhas comercializadas no país têm 267 mcg (microgramas) de 4-metil imidazol por 355 ml de refrigerante


Substância cancerígena encontrada na bebida se forma durante a produção industrial do corante caramelo
Estudo divulgado pelo Center for Science in the Public Interest (CSPI), nos Estados Unidos, revela que o refrigerante Coca-Cola vendido no Brasil contém a concentração mais alta da substância 4-metil imidazol (4-MI), que, em altas quantidades, pode causar câncer.
Os resultados mostram que as latinhas comercializadas no país têm 267 mcg (microgramas) de 4-MI por 355 ml de refrigerante.
O valor encontrado nas latinhas brasileiras está abaixo do limite da Anvisa, mas é o mais alto entre os países analisados. O Quênia fica em segundo lugar, com 177 mcg de 4-MI por 355 ml, seguido por Canadá (160 mcg), Emirados Árabes Unidos (155 mcg), México (147 mcg), Reino Unido (145 mcg), Estados Unidos (Washington - 144 mcg), Japão (72 mcg) e China (56 mcg).
A substância cancerígena se forma durante a produção industrial do corante caramelo. A Coca-Cola começou a usar um corante caramelo menos tóxico no início deste ano, depois que o Instituto fez o mesmo alerta para a substância em latinhas de refrigerante encontradas no estado.
A Food and Drug Administration EUA (FDA) restringe contaminantes cancerígenos nos alimentos. Se o padrão do FDA fosse aplicado, uma lata de Coca-Cola teria que ter menos de 3 mcg de 4-MI. A Coca-Cola comercializada na Califórnia está prestes a satisfazer esse padrão, mas, na maioria dos outros países, esses níveis são muito superiores.
"Felizmente, as pessoas na China, Japão, Quênia e outros países bebem muito menos refrigerantes do que nós, americanos, assim a exposição a este produto químico perigoso é proporcionalmente menor. Mas agora que sabemos que é possível eliminar quase totalmente esta substância cancerígena dos refrigerantes, não há desculpa para a Coca-Cola e outras empresas não fazerem isso em todo o mundo, e não apenas na Califórnia", afirma o diretor-executivo do CSPI, Michael F. Jacobson.
A empresa se defende
A Coca-Cola Brasil esclarece que o uso de corante caramelo IV em seus produtos observa rigorosamente os critérios definidos internacionalmente pela Comissão do Codex Alimentarius, e nacionalmente pela ANVISA. Assim, a quantidade de 4-MEI ingerida pelo consumo de refrigerantes não é considerada significativa ou indicativa de risco à saúde humana, segundo a agência brasileira, que define que uma pessoa adulta teria que consumir diariamente 80 litros de refrigerante que contenha corante caramelo IV para ultrapassar os limites estabelecidos pelos comitês científicos internacionais.

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