Ministério e GDF lançam mutirão para cirurgias eletivas
O Ministério da Saúde quer acabar com o tempo de espera pelas cirurgias eletivas, aquelas que não são de emergência. Para isso, a pasta criou uma ação nacional, proposta aos estados e o Distrito Federal (DF), como forma de ampliar o acesso dos pacientes que aguardam por procedimentos cirúrgicos eletivos de média complexidade.
Nesta quinta-feira (30) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou do lançamento do mutirão de cirurgias na rede pública de saúde do Distrito Federal, que será realizado pela Secretaria de Saúde da capital. Mais de 16 mil pacientes serão submetidos a procedimentos cirúrgicos em sete especialidades médicas, além da odontologia. O investimento na ação é de R$ 34 milhões, sendo R$ 26,4 milhões repassados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e R$ 7,6 milhões pelo Ministério da Saúde.
As ações começam neste sábado (1º) e só terminam em junho de 2013, com cirurgias realizadas aos finais de semana e no período noturno nos dias úteis. Durante o pronunciamento, Padilha destacou que há dois grandes desafios a serem enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que são a melhoria da qualidade do atendimento e a redução do tempo de espera. “Uma das grandes preocupações do Ministério da Saúde é com o tempo de espera de quem aguarda uma cirurgia eletiva, que são aquelas não emergências. Para enfrentar esse problema com força e energia. Por isso, aumentamos em 86% o investimento para a realização de cirurgias eletivas, chegando a R$ 650 milhões em 2012”, afirmou o ministro da Saúde.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, concordou com o ministro no que diz respeito aos desafios do SUS e destacou que o GDF, junto com o Ministério da Saúde, investirão na realização das cirurgias eletivas. “Vamos derrubar essa fila, que está reprimida há muitos anos”, defendeu o governador. O objetivo do GDF é zerar a espera pelas cirurgias eletivas.
A rede pública de saúde do DF conta atualmente 12 centros cirúrgicos e 48 salas de cirurgias instaladas nos 11 hospitais regionais (HRAN, HMIB, HRS, HRT, HRC, HRP, HRPa, HRSM, HRSam, HRBz, HRG) e o Hospital de Base. Com a criação de novos turnos de trabalho, haverá um aumento real de 90% na oferta de salas de cirurgias. Além de cirurgias de Média Complexidade (catarata, adenóide e hérnia inguinal), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal deverá incluir alguns procedimentos de Alta Complexidade como operações de quadril e joelho.
Investimento do SUS – Somente para realizar as cirurgias de catarata, o Distrito Federal contará com investimento do Ministério da Saúde de R$ 2,4 milhões, 125% a mais que em 2011, quando foi liberado R$ 1 milhão. Até junho foram feitas 1.165 intervenções por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). São R$ 650 milhões para a realização das cirurgias eletivas que o Ministério da Saúde liberou para todo o país. O investimento representa um crescimento de 86% se comparado com o valor destinado em 2011, que foi de R$ 350 milhões. Estima-se que em 2012, sejam realizadas 432 mil cirurgias. Até junho, 216 mil foram feitas no âmbito SUS. Os recursos fazem parte de uma nova estratégia do Ministério para garantir o acesso da população aos procedimentos disponibilizados no SUS.
Os estados brasileiros e o Distrito Federal receberão os recursos, em parcela única, para o período de um ano, e serão aplicados nas especialidades de maior demanda e naquelas escolhidas pelos gestores locais, conforme a realidade de sua região.
Ilana Paiva / Blog da Saúde e Ubirajara Rodrigues / Agência Saúde
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