Documentário sobre crack será lançado nesta quarta-feira (13/9)

Há quase uma década, o crack invadiu Fortaleza, conquistando novos consumidores em todos os setores sociais e faixas etárias. O documentário Selva de Pedra – A Fortaleza Noiada
encampa o desafio de fazer emergir, com clareza e profundidade, o
fenômeno do seu consumo na cidade. O filme também se propõe a fornecer
elementos para que a sociedade e o poder público possam refletir juntos
sobre essa problemática, de modo a preencher um vácuo na
instrumentalização das políticas públicas de prevenção (que envolvem
aspectos de saúde, educação, segurança, etc.), tanto por parte do
município como do Estado.
O objetivo é
contribuir para o desenvolvimento de alternativas capazes de promover o
possível enfrentamento competente dessa grave patologia social, bem como
instrumentalizar as fórmulas adequadas para obter a recuperação dos
jovens que se tornaram suas vítimas, bem como dos que ao seu redor foram
atingidos, de alguma forma, pelos seus impactos sociais.

Para o presidente da Cufa Brasil, exibir o filme em uma instituição de
saúde amplia o debate sem polarizar uma única saída para o enfrentamento
da droga. “Trazer para a instituição de saúde uma visão diferente
daquela que ela possui é importante para enriquecer o debate sobre o crack”, afirmou Preto Zezé.
Sinopse
O documentário exibe o desafio de emergir do universo do crack,
droga que contém até 75% de cocaína pura e altamente propensa a causar
consumo compulsivo e dependência. A proposta é fornecer elementos para
que a sociedade e o poder público possam refletir juntos sobre a
problemática gerada em torno do crack e contribuir para o desenvolvimento de alternativas para enfrentar esse drama social. Selva de Pedra - A Fortaleza Noiada mergulha no circuito de distribuição e consumo do crack em
Fortaleza (CE) e apresenta uma cartografia das zonas da cidade
atingidas pela droga. Mostra a estrutura do mercado que a envolve, as
pessoas que dele participam, seu funcionamento, organização, códigos e
leis internas, visando desmistificar o discurso repressor-estatal,
possibilitando uma análise mais aproximada da realidade que envolve esse
complexo problema. A ideia central do documentário é ir além de uma
visão estreita e limitada policial ou patológica, restrita a uma
abordagem em que o usuário seja encarado como um doente ou bandido. Seu
objetivo é levar ao público um panorama real dos danos sociais que o crack causa
ao usuário e ao seu entorno. Assim, foi produzido em registro
audiovisual um diagnóstico com o perfil dos jovens usuários de crack.
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