domingo, 23 de junho de 2013

PeNSE

 

Data de Cadastro: 19/06/2013 as 17:36:54 alterado em 19/06/2013 as 17:41:15

Educação sexual chega a 90% dos adolescentes


Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revela que os jovens estão recebendo mais informações sobre sexo e doenças sexualmente transmissíveis

Os jovens brasileiros estão recebendo mais informações em relação às formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada.

 É o que revela a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). O estudo do Ministério da Saúde, realizado em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apoio do Ministério da Educação, mostra que 89,1% dos adolescentes receberam orientação sobre DST e AIDS e 82,9% informações de como evitar gravidez; 69,7% dos entrevistados também sabiam que era possível adquirir preservativos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo também mostra que 28,7% dos jovens já iniciaram a vida sexual, 18,3% das meninas e mais que dobro dos meninos (40,1%). O uso do preservativo na ultima relação sexual esteve presente em 75,3% dos casos. A PeNSE 2012 ouviu cerca de 110 mil alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em 2.842 escolas públicas e privadas, em todas as regiões brasileiras, incluindo as capitais e no Distrito Federal. Cerca de 90% dos estudantes tinham idade entre 13 e 15 anos. O lançamento da PeNSE ocorreu nesta quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, e contou com a presença do secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, e da presidente do IBGE, Wasmália Bivar.

Para Jarbas, a PeNSE é um importante instrumento para o desenvolvimento de políticas públicas na área da educação e de saúde voltadas aos jovens.  “A exposição a diversos fatores de risco comportamentais tem com frequência início na adolescência, como tabagismo, violência, consumo de álcool e outras drogas. É importante, portanto, conhecer o perfil desses jovens para protegê-los, promover hábitos mais saudáveis e assim evitar o desenvolvimento de doenças crônicas”, afirmou.

Nos últimos três anos, foram distribuídos cerca de 1,3 bilhão de camisinhas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) por todo o país. Qualquer pessoa pode retirar o preservativo, sem precisar apresentar qualquer tipo de identificação.  Os jovens recebem apoio e informação de profissional para que possam escolher o método contraceptivo mais adequado.

Outro destaque importante é a oferta de testes rápidos de gravidez na atenção básica, iniciativa prevista na Rede Cegonha. Muitas adolescentes procuram as UBS para realizar o exame e tirar dúvida se estão ou não grávidas.  A ampliação do teste rápido para todo o Brasil nas unidades de saúde é uma oportunidade excelente para orientá-las para que ela possa exercer sua sexualidade com responsabilidade. O Ministério da Saúde também disponibiliza gratuitamente nas Unidades de saúde pílulas anticoncepcionais, injeção de hormônios e DIU na rede pública. No programa Aqui tem Farmácia Popular é disponibilizado a preço popular os contraceptivos orais e injetáveis.
O Programa Saúde na Escola já levou orientações de saúde a 12 milhões de estudantes. A parceria entre os ministérios da Saúde e Educação permite que, em sala de aula, sejam abordados conteúdos como uso de preservativo, violência, álcool e drogas a adolescentes. Cerca 56 mil escolas de 2.495 municípios são atendidos pelo PSE. Além disso, são disponibilizados preservativos masculinos no ensino médico.Os jovens que participam do Programa, também recebem a Caderneta do Adolescente  O documento traz orientações diversas sobre essa fase da vida, como a evolução do corpo feminino e masculino da infância à vida adulta, prevenção da violência sexual, sexo seguro.  O material também auxiliar os pais a entender que as transformações que ocorrem com seus filhos, incluindo na sexualidade, são normais. Mais de 11 milhões de cadernetas já foram distribuídas para 3.165 municípios em 26 estados e no DF. Quem quiser pode baixá-la na Internet: para meninos e para meninas.

No Brasil, 97,4% das crianças na faixa etária de 6 a 14 anos e 87,7% na faixa etária de 15 a 19 anos de idade estão matriculados na escola, independentemente da classe de rendimento mensal. As ações do PSE são realizadas ao longo do ano letivo.
Por Fabiane Schmidt, da Agência Saúde ¿ ASCOM/MS
(61) 3315-3580/2351

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