Posted: 04 Aug 2012 06:32 AM PDT
Minimamente invasivo, procedimento poderia beneficiar pacientes resistentes a medicamentos
Médicos falam sobre o uso da
técnica de denervação renal para tratar a hipertensão resistente no 20º
Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que ocorre em São
Paulo até este domingo. O tratamento surge como esperança para pacientes
que não conseguem controlar a hipertensão com medicamentos, definida
como pressão arterial persistentemente elevada.
Chamado de denervação renal, o
procedimento minimamente invasivo desativa os nervos do sistema
simpático, que levam estímulos aos rins e, entre outras funções,
controlam a pressão arterial. Assim, toda vez que o volume do sangue
aumentar, elevando também a pressão arterial, esses nervos estarão
inibidos e os rins eliminarão água e sódio, proporcionando controle da
pressão.
A denervação renal utiliza a
radiofrequência de baixa intensidade nos nervos do sistema simpático.
Por meio de um cateter introduzido em um pequeno corte na virilha, o
médico acessa a artéria e chega aos rins para realizar o procedimento.
— Estudos apontam que 84% dos
pacientes submetidos ao procedimento têm sucesso na redução da pressão
arterial. Além disso, após a denervação renal, reduz a administração de
medicamentos contínuos — afirma Luiz Bortolotto, diretor da Unidade de
Hipertensão do Incor.
Bortolotto falará sobre a
técnica juntamente com Maria Claudia Irigoyen, também do Incor, Markus
Schlaich, da Austrália, e Erwin Blessing, da Alemanha.
A Medtronic, detentora da
tecnologia, informa que o procedimento é realizado no Brasil apenas para
fins de pesquisa, por enquanto. A empresa desenvolve e comercializa
tecnologia médica para inúmeras doenças crônicas há 60 anos.
Sobre a hipertensão
De
acordo com dados da American Heart Association, a hipertensão arterial
afeta cerca de 1,2 bilhão de pessoas. A doença está associada ao risco
maior de ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, derrames, doença renal
e morte. Embora a terapia com medicamentos tenha um papel primário no
controle da hipertensão, apenas o uso de fármacos não é eficaz para
todos os pacientes: cerca de 50% permanecem com hipertensão não
controlada, e aproximadamente 15 a 20% das pessoas são resistentes aos
tratamentos medicamentosos.
Fonte Zero Hora
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