domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sabendo da diferença

 
30/01/2013

Médicos pedem mudança de nome de doença comum em mulheres

Redação do Diário da Saúde

Síndrome do Ovário Policístico
Um painel de pesquisadores independentes, convocados pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA, concluiu que é necessário mudar o nome de uma doença comum entre as mulheres.
A doença é hoje chamada de síndrome do ovário policístico.
O problema é que esse nome dá atenção a um critério - os cistos do ovário - que não são nem necessários e nem suficientes para diagnosticar a síndrome.
"O nome síndrome do ovário policístico é uma distração que impede o avanço [da compreensão da doença]. É hora de atribuir um nome que reflita as complexas interações que caracterizam a síndrome. O nome correto vai melhorar o reconhecimento do problema e ajudar a expandir o apoio às pesquisas," disse o Dr. Robert Rizza, membro do painel.

Diferença entre ovário policístico e cisto no ovário
Para se ter uma ideia do problema, basta saber que ovário policístico e cisto no ovário são duas coisas totalmente diferentes.
Cisto no ovário é qualquer formação preenchida por líquido que aparece no ovário, podendo ser hemorrágico (com sangue), folicular (com água) ou ainda ser um cisto de endometriose.
O ovário policístico é uma alteração hormonal no organismo, originado por uma maior produção de hormônios masculinos no corpo da mulher.
A síndrome pode se manifestar com a presença de microcistos no ovário, mas não é esse aspecto que faz o diagnóstico do problema.
O diagnóstico da síndrome do ovário policístico é realizado através da identificação de sintomas clínicos (acne, irregularidade menstrual, aumento de pêlos no corpo etc.), além da alteração da dosagem de hormônios masculinos, o que é visto por meio de exames.

Síndrome hormonal feminina
Não se conhecem as causas da síndrome do ovário policístico - alguns estudos sugerem ligações genéticas, enquanto outros afirmam que os principais fatores são ambientais.
É por isso que os cientistas afirmam ser necessários mais estudos, que sejam amplos o suficiente para lidar com todas as possibilidades, e não apenas com sintomas surgidos no ovário.
Hoje há pelo menos três critérios diferentes que um médico pode seguir para dar um diagnóstico da síndrome para sua paciente, o que também impede que a doença seja vista como um problema bem caracterizado.
E, segundo os especialistas, para que o problema seja abordado de forma ampla, como necessário, a primeira medida a fazer é livrar-se do seu nome incorreto, que nada descreve.

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