terça-feira, 12 de junho de 2012

Risco de epidemia

Posted: 11 Jun 2012 04:59 PM PDT

Salvador apresenta alto risco para ocorrência de uma epidemia de dengue. É o que indica o segundo Levantamento de Índice Rápido para o Aedes Aegypti (LIRAa) de 2012, realizado entre os dias 15 e 18 de maio, em mais de 44 mil imóveis da cidade. O estudo é realizado para se obter um diagnóstico da real situação na cidade e subsidiar as ações de combate ao mosquito causador da dengue.
 


O Índice de Infestação Predial (IIP) de Salvador subiu de 2,7% para 4,2% entre janeiro e maio deste ano. Esse aumento se deve, em grande parte, à falta ou má conservação e higienização de tanques e tonéis, representando 38% dos locais preferenciais para depósito de larvas do mosquito, seguidos pelos vasos e pratos de plantas, com 28%.

A coordenadora do Programa Municipal de Combate a Dengue, Eliaci Costa alerta que a prevenção é um fator determinante para a redução dos casos. “A preocupação com a dengue deve ser constante, e o que a gente vem percebendo é que a população se descuida ao permitir a presença dos depósitos dentro dos próprios domicílios”. Por isso, os recipientes que permitem a concentração de água, como garrafas, latas e pneus, devem ser monitorados periodicamente.

Os bairros que fazem parte dos Distritos Sanitários São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário, Itapagipe, Pau da Lima e Cabula/Beirú merecem atenção especial nas ações de combate ao Aedes Aegypti. Mesmo antes da divulgação desse resultado, já foram feitos mutirões da dengue em bairros dessas localidades: Sussuarana, Fazenda Coutos e Valéria. A iniciativa compreende as ações da Secretaria Municipal da Saúde através do Programa de Combate a Dengue, que atende as áreas prioritárias de contaminação da doença com o recolhimento de resíduos de lixo e materiais inservíveis, além da educação continuada através de palestras educativas e distribuição de material informativo.

Já os Distritos Sanitários Centro Histórico, Brotas e Itapuã se mantiveram entre baixo e médio risco para ocorrência de epidemia da doença, segundo o IIP.


Estratégias – Com esse resultado, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vai intensificar as medidas de enfrentamento da doença, principalmente a realização de mutirões de limpeza e a distribuição de capas para caixas d’água, tanques e tonéis.

O Disque Saúde 160 também é uma ferramenta que deve ser utilizada pela população para denuncias de focos do mosquito, e solicitações de visitas dos agentes de combate às endemias.


Gestão – O combate à dengue é uma das principais preocupações da atual Secretaria de Saúde, Tatiana Paraíso, que vem acompanhando de perto as ações desenvolvidas pelos agentes de endemias. Durante a realização do LIRAa, a secretária visitou a sede do CCZ e acompanhou a análise das amostras de larvas do Aedes Aegypti. “As atividades dos agentes não se restringem ao trabalho nas ruas. Há uma atualização contínua das estratégias para que não ocorra uma nova epidemia de dengue na cidade. Porém, todo esforço será nulo se não tiver o engajamento da sociedade”, afirmou Tatiana Paraíso chamando atenção para o fato de que a maioria dos criadouros do mosquito causador da dengue é encontrada dentro dos próprios domicílios.

No mês passado, a Secretaria de Saúde participou de uma audiência com o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, quando pediu o apoio da Igreja no combate à dengue. O material educativo da campanha de mobilização já foi entregue à Arquidiocese para ajudará na conscientização dos fiéis sobre os cuidados com o mosquito transmissor da doença.

“Para a Arquidiocese é algo que interessa porque, em primeiro lugar, trata da saúde do povo. Este ano o tema da Campanha da Fraternidade aborda a saúde pública, por isso estamos dispostos a fazer parceria com a Secretaria Municipal. A Igreja aproveita a presença nos bairros e os voluntários para ser divulgadora da campanha”, afirmou Dom Murilo.
 
Fonte: SMS


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