Posted: 23 Jul 2012 04:49 AM PDT
A
partir de agora, todos os hospitais habilitados para a cirurgia poderão
usar a imunoglobulina em pacientes que apresentarem rejeição do órgão.
Outra novidade é a incorporação do exame C4d, que possibilita a
identificação da rejeição aguda
O Ministério da Saúde está dando
mais um passo para a expansão do transplante de rim no país. A partir
de agora, todos os hospitais habilitados para realização da cirurgia
poderão usar o medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem
rejeição do órgão após a cirurgia. Esta iniciativa possibilita uma
rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do paciente. A
medida consta da Portaria n° 666, que cria o Protocolo Clínico e as
Diretrizes Terapêuticas – Imunossupressão no Transplante Renal,
publicada nesta sexta-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU).
Outra novidade é a incorporação
do exame C4d na tabela de procedimentos, que possibilita a identificação
da rejeição aguda provocada por anticorpo no organismo do
transplantado. Quando identificada, logo após a cirurgia, o paciente
passa a ser medicado com imunoglobulina o que aumenta as chances do
órgão transplantado se adaptar ao organismo do paciente. Para isso, o
Ministério da Saúde destinará, anualmente, R$ 10 milhões a mais para
aquisição do medicamento e para a realização do exame.
Segundo o secretário Nacional de
Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, esta medida significa uma
ampliação na assistência ao paciente que necessita desses serviços por
meio do Sistema Único de Saúde (SUS). “Cerca de 30% dos transplantes de
rim realizados podem apresentar rejeição. Quanto mais cedo
identificarmos esse problema, melhor será a recuperação do paciente”,
pondera.
O medicamento estará disponível a
partir de agosto em toda rede, afirma o secretário. “Com a publicação
do protocolo, serão tomadas as providências para inclusão do exame C4d
na tabela do SUS e o fornecimento da imunoglobulina para os pacientes
que apresentem falência ou rejeição de transplante de rim”, acrescenta.
TRANSPLANTE –
Estima-se que para 2012, sejam realizados 5.236 transplantes de rim, no
SUS, 15% a mais que em 2011 (4.553 procedimentos). Levando em
consideração esse dado, calcula-se que 1.571 dos pacientes podem
apresentar rejeição aguda ao órgão recebido.
A incorporação destas novas
medidas possibilita aos pacientes o acesso ambulatorial ao medicamento e
ao exame, garantindo maior eficácia do transplante.
INVESTIMENTOS –
Em abril, o Ministério da Saúde aumentou em até 60% o repasse de
recursos para ampliação do número de transplantes no SUS. O impacto para
2012 é de R$ 217 milhões.
Os hospitais que fazem
transplante de rim ainda terão um reajuste específico de 30% para
estimular a realização dos procedimentos e a redução do número de
pessoas que aguardam pela cirurgia.
O valor pago para transplantes
de rim de doador falecido sobe de R$ 21,2 mil para R$ 27,6 mil. Nos
casos de transplante de rim de doador vivo, o valor passa de R$ 16,3
para R$ 21,2 mil.
RECORDE – Em
2011, o Brasil atingiu recorde mundial de transplantes no sistema
público de saúde. No ano passado, foram realizadas mais de 23 mil
transplantes no Brasil. Com relação ao número de pessoas à espera de
cirurgia, houve redução de 23% em 2011 em relação a 2010. Para o
transplante de rim houve uma redução de 14%.
O Brasil, pela primeira vez,
ultrapassou o número de 10 doadores por milhão de habitantes.
Atualmente, a média é de 11,4 doadores por milhão. Em 2003 esse número
era de cinco por milhão.
Entretanto, o secretário
Helvécio Magalhães considera ser necessário ampliar o número de doadores
e adotar medidas e ações para incentivar que os hospitais façam
transplantes, criem políticas que beneficiem o paciente.
Fonte SaudeWeb
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