Estudo de 2011 da FIOCRUZ, nas UBS do Rio de Janeiro, revelou que a taxa
de aleitamento exclusivo dos bebês é de apenas 58,1%. Verificou também
que as mulheres socialmente vulneráveis (solteiras, não-brancas e de
baixa escolaridade) aleitam menos.
Isto quer dizer que estas mulheres, em situação de vulnerabilidade
social, devem receber mais e maior atenção dos profissionais de saúde
durante o pré-natal, parto e puerpério para que tenhamos resultados de
saúde aceitáveis, ou seja, nada menos de 100% de aleitamento exclusivo
de bebês!!!.
Lembro que de 1-7 de agosto acontece a Semana Mundial de Amamentação
(ver site da campanha que em 2012 completa 10 anos:
http://worldbreastfeedingweek.org/)
Esta é uma oportunidade para discutir o pré-natal baseado em evidências
científicas (educação da gestante sobre aleitamento exclusivo, cuidados
com a mama, licença maternidade, armazenamento do leite materno, etc) e
como as gestantes são (ou não são) preparadas para amamentar
exclusivamente, apontando estratégias para superação das barreiras
sociais à amamentação (e ao parto ativo e natural que com sua descarga
de ocitocina deflagra o empoderamento da mulher para nutrir sua criança
com leite e amor) .
Oportunidade também para discutir como incentivar o parto e repudiar a
vetusta resolução do CREMERJ e apoiar doulas, professoras de cursos de
preparação para o parto, parteiras, enfermeiras obstetrizes e
obstetrizes, assim como os escassos médicos obstetras que sabem que o
parto é o normal, o desvio da norma é a cesariana!
Oportunidade para discutir a importância da amamentação na primeira
hora. Vale também instituir o alojamento conjunto como estratégia para
promoção da amamentação, entre outras.
Oportunidade para discutir a doação de leite aos bancos de leite e a
alimentação de prematuros.
Oportunidade para discutir a prevenção da transmissão vertical do HIV
incentivando as futuras mamães a fazerem o teste HIV e obrigando os
laboratórios a serem rápidos na entrega dos resultados (priorizar exame
de gestante!)
Oportunidade para discutir o direito das mulheres e crianças a berçários
e creches nos municípios, locais de trabalho e escolas! Uma condição
para a mãe que trabalha poder continuar amamentando!
Não se esqueça de que o 4o objetivo do milênio é reduzir a mortalidade
na infância. Uma das inciativas para se alcançar esta meta é a
"capacitação" da gestante e da mãe para a amamentação exclusiva.
Qual iniciativa a sua instituição de saúde e/ou ensino (ou da sociedade
civil organizada) poderá promover para aumentar a taxa de aleitamento
exclusivo?
Aproveito a oportunidade para ressaltar que a luta contra a mortalidade
materna de mulheres negras acontece paralela à semana mundial de
amamentação. Neste sentido, destaco aqui o trabalho da enfermeira Dra.
Alaerte Martins que em razão de suas extensas pesquisas demográficas
incluiu na política de saúde do Estado do Paraná a revisão da
estratificação de risco das gestantes (Política Baseada em Evidência
Científica). Assim, os profissionais de saúde paranaenses agora sabem
que mulheres negras ou indígenas estão na faixa de risco intermediário
e, portanto, devem receber algumas ações prioritárias.
Saiba mais em
http://www.sesa.pr.gov.br/arquivos/File/HOSPSUS/RedeMaeParananense080220121.pdf
Que nossas crianças tenha como primeiro alimento o leite e o amor de
suas mamães!
--
--
Um abraço,
Profa. Dra. Isabel Cruz
*Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem
*Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra
www.uff.br/nepae
de aleitamento exclusivo dos bebês é de apenas 58,1%. Verificou também
que as mulheres socialmente vulneráveis (solteiras, não-brancas e de
baixa escolaridade) aleitam menos.
Isto quer dizer que estas mulheres, em situação de vulnerabilidade
social, devem receber mais e maior atenção dos profissionais de saúde
durante o pré-natal, parto e puerpério para que tenhamos resultados de
saúde aceitáveis, ou seja, nada menos de 100% de aleitamento exclusivo
de bebês!!!.
Lembro que de 1-7 de agosto acontece a Semana Mundial de Amamentação
(ver site da campanha que em 2012 completa 10 anos:
http://worldbreastfeedingweek.org/)
Esta é uma oportunidade para discutir o pré-natal baseado em evidências
científicas (educação da gestante sobre aleitamento exclusivo, cuidados
com a mama, licença maternidade, armazenamento do leite materno, etc) e
como as gestantes são (ou não são) preparadas para amamentar
exclusivamente, apontando estratégias para superação das barreiras
sociais à amamentação (e ao parto ativo e natural que com sua descarga
de ocitocina deflagra o empoderamento da mulher para nutrir sua criança
com leite e amor) .
Oportunidade também para discutir como incentivar o parto e repudiar a
vetusta resolução do CREMERJ e apoiar doulas, professoras de cursos de
preparação para o parto, parteiras, enfermeiras obstetrizes e
obstetrizes, assim como os escassos médicos obstetras que sabem que o
parto é o normal, o desvio da norma é a cesariana!
Oportunidade para discutir a importância da amamentação na primeira
hora. Vale também instituir o alojamento conjunto como estratégia para
promoção da amamentação, entre outras.
Oportunidade para discutir a doação de leite aos bancos de leite e a
alimentação de prematuros.
Oportunidade para discutir a prevenção da transmissão vertical do HIV
incentivando as futuras mamães a fazerem o teste HIV e obrigando os
laboratórios a serem rápidos na entrega dos resultados (priorizar exame
de gestante!)
Oportunidade para discutir o direito das mulheres e crianças a berçários
e creches nos municípios, locais de trabalho e escolas! Uma condição
para a mãe que trabalha poder continuar amamentando!
Não se esqueça de que o 4o objetivo do milênio é reduzir a mortalidade
na infância. Uma das inciativas para se alcançar esta meta é a
"capacitação" da gestante e da mãe para a amamentação exclusiva.
Qual iniciativa a sua instituição de saúde e/ou ensino (ou da sociedade
civil organizada) poderá promover para aumentar a taxa de aleitamento
exclusivo?
Aproveito a oportunidade para ressaltar que a luta contra a mortalidade
materna de mulheres negras acontece paralela à semana mundial de
amamentação. Neste sentido, destaco aqui o trabalho da enfermeira Dra.
Alaerte Martins que em razão de suas extensas pesquisas demográficas
incluiu na política de saúde do Estado do Paraná a revisão da
estratificação de risco das gestantes (Política Baseada em Evidência
Científica). Assim, os profissionais de saúde paranaenses agora sabem
que mulheres negras ou indígenas estão na faixa de risco intermediário
e, portanto, devem receber algumas ações prioritárias.
Saiba mais em
http://www.sesa.pr.gov.br/arquivos/File/HOSPSUS/RedeMaeParananense080220121.pdf
Que nossas crianças tenha como primeiro alimento o leite e o amor de
suas mamães!
--
--
Um abraço,
Profa. Dra. Isabel Cruz
*Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Atividades de Enfermagem
*Núcleo de Estudos sobre Saúde e Etnia Negra
www.uff.br/nepae
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