Posted: 09 Jul 2012 09:21 AM PDT
Cerca
de 600 médicos e enfermeiros estão sendo qualificados para agilizar
atendimento em hospitais e UPAs com uso do trombolítico
Para agilizar o atendimento em
hospitais regionais e UPAs, o estado de Pernambuco vai ampliar o uso de
medicamento para tratar infarto. Cerca de 600 médicos e enfermeiros de
13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de 3 hospitais vão passar por
qualificação para fazer o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio e
para tratar o paciente por meio do uso do trombolítico, medicação que
desobstrui as artérias.
O serviço será implantado nessas
unidades com o auxílio da telemedicina, já que uma central com
cardiologistas estará disponível para auxiliar no diagnóstico.
De acordo com o coordenador de
Cardiologia da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Orlando Medeiros,
durante as aulas serão relembrados como diagnosticar os casos de
infarto, levando em consideração as dores toráxicas e os grupos de risco
(população idosa, doentes renais crônicos, diabéticos, hipertensos,
fumantes). Suspeitando-se do infarto, é feito um eletrocardiograma e o
exame é enviado à central, para análise. O resultado sairá em, no
máximo, 20 minutos.
" Quanto mais rápido for
iniciado o tratamento, menor será a lesão na musculatura cardíaca e
maior a chance de sobrevida do paciente. Essa também é uma forma de
evitar sequelas e proporcionar uma qualidade de vida para quem for
acometido por problemas vasculares" , afirma Medeiros. Segundo o
coordenador, as UPAs e os hospitais regionais terão o trombolítico
disponível para utilização nos casos de infarto.
" Hoje, dois hospitais da rede
pública, o Procape e o Agamenon Magalhães, utilizam o trombolítico, que é
uma substância cara. Com essa nova política, vamos expandir a
possibilidade de uso desse medicamento, que deve ser aplicado com até
seis horas após os primeiros sintomas. Isso beneficia o trabalho das
equipes médicas, que poderão fazer uso ou do cateterismo ou do
trombolítico, de acordo com o perfil do paciente, melhorando o
prognóstico e diminuindo os índices de mortalidade" , completa.
Após a aplicação do
trombolítico, os pacientes serão referenciados para hospitais de
retaguarda, objetivando a continuidade do tratamento. Quando o quadro do
paciente não possibilita a aplicação do medicamento, ele também será
encaminhado ao serviço de referência para que seja realizado o
cateterismo.
Em Pernambuco, as doenças do
aparelho circulatório são as principais causas de morte, seguidas das
causas externas. No grupo entre 39 e 59 anos, 29,6% das mortes são
provocadas pelas doenças do aparelho circulatório. O percentual sobe
para 39,2% entre a população a partir dos 60 anos.
Fonte isaude.net
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