Posted: 22 Jul 2012 05:37 AM PDT
Especialista
em alergias do Hospital-Sírio Libanês, em São Paulo, explica como
prevenir as alegrias respiratórias mais comuns durante o inverno.
No inverno aumentam a incidência
de dias mais secos. Poeira e poluição ficam suspensas no ar que
respiramos e as pessoas tendem a ter sua saúde respiratória piorada. A
situação se agrava mais para quem tem maior tendência à alergias.
“Pacientes com algum tipo de
alergia normalmente têm as vias respiratórias mais sensíveis à
inflamação. E se os dias secos causam problemas em pessoas saudáveis,
nos alérgicos o quadro é agravado. Agentes externos – que são
normalmente a causa dos eventos alérgicos – ficam mais tempo no ar e é
também nessa época do ano que os ácaros acabam se proliferando mais
também. Isto pela falta da luz do sol – menos incidente nas casas – e
pelo fato de que roupas de cama e de frio guardadas há muito tempo
voltam a circular pela casa”, explica Ana Paula Moschione Castro
alergista do Núcleo Avançado do Tórax do Hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo.
Entre os quadros mais comuns,
explica a alergista, está a rinite alérgica (40% de toda a população
infantil sofre desse problema, por exemplo), a asma (uma alergia que
ataca e inflama os brônquios, também conhecida por bronquite) e a
conjuntivite alérgica, que não ataca as vias aéreas mas também é piorada
pelos alérgenos suspensos no ar.
Controle dos fatores ambientais
A melhor forma de se proteger e diminuir os quadros associados às alergias, diz Ana Paula, é começar pelo controle ambiental.
“Controlar a limpeza do ambiente
já é meio caminho andado para diminuir as crises alérgicas. Partindo-se
do pressuposto que a casa não tem carpete – um pecado no caso dos
alérgicos – é preciso deixá-la sempre limpa. Cortinas são um dos piores
locais para se acumular estes alérgenos, então atenção redobrada com
estes itens”, alerta a especialista. O bolor também é um desencadeador
de alergias. Então, este é outro ponto importante.
E para quem usa aspirador de pó,
uma dica importantíssima da alergista: os filtros tradicionais não
livram a casa dos ácaros. “Existem no mercado filtros especiais, os
chamados ‘filtros HEPA’, que são ideais para conter os ácaros. Do
contrário, o aspirador de pó só vai filtrar a poeira e espalhar os
ácaros por onde passar”, diz.
Já os esterilizadores de ar, que
são indicados para o controle dos ácaros e mofos, são eficientes, mas
não acompanham o ritmo de vida das pessoas. Eles ajudam a fazer a
limpeza do local onde se vive, mas normalmente, quando se muda de
ambiente (escola, trabalho, academia ou outros locais) a pessoa volta a
sofrer com a alergia. “O custo de se manter dois ou mais esterilizadores
em todos os locais por onde o alérgico transita é alto”, aponta Ana
Paula
Bichos de pelúcia e colchões
No
caso das crianças, os bichos de pelúcia são um dos principais problemas
a serem controlados. E aqui outra dica da especialista: manter estas
pelúcias durante um dia no freezer ajuda a acabar com os ácaros
presentes. A mudança para uma temperatura muito baixa acaba com a praga.
“Há também a questão dos
colchões e travesseiros. Quando ficam velhos eles passam a soltar
fuligens por causa da degradação do material com o qual são fabricados.
Os colchões, por exemplo, têm data de validade indicada pelo fabricante.
Mas para se ter um número de cabeça é só lembrar que a média dessa
validade é de cinco anos. Depois disso, o colchão precisa ser renovado.
Para os travesseiros, que são itens mais baratos, o ideal é trocar de
ano em ano”, diz Ana Paula.
Dicas
Abaixo oito dicas para controlar os fatores que podem desencadear as crises alérgicas:
1. Troca anual de travesseiro;
2. Lavar e passar muito bem roupas de cama e principalmente fronhas, pelo menos uma vez por semana;
3. Exposição ao sol dos colchões, edredons e almofadas;
4. Aspiração semanal da casa e principalmente quartos;
5. Remoção de carpetes;
6. Higiene ambiental è fundamental: procure manter a casa sempre limpa e bem arejada;
7. Lavagem usual dos bonecos de pelúcia e cortinas;
8. Trocar o colchão se já estiver com mais de cinco anos de uso.
Fonte O que eu tenho
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