Posted: 08 Jul 2012 06:18 AM PDT
Especialistas afirmam: empresa que combate depressão previne vários outros problemas
A depressão aparece em quarto
lugar na lista de doenças mais impactantes no exercício profissional.
Não bastasse isso, especialistas afirmam que ela está de mãos dadas com
todos os problemas de saúde trabalhistas.
Em 2010, segundo levantamento
feito nos dados do Ministério da Previdência Social, foram 55 mil
afastamentos por mais de 15 dias por causa de quadros depressivos. Este
problema de saúde mental pode ter sintomas físicos e um exemplo é a dor
nas costas, a líder de afastamentos do trabalho.
“Estresse, ansiedade, e tensão,
que compõem a depressão, podem ‘escolher’ como ponto de choque as
costas”, explica Jarbas Simas, presidente da Sociedade Brasileira de
Pericias Médicas, ao citar como exemplo as pessoas que antes mesmo da
depressão ser diagnosticada se queixam de dores profundas nesta parte do
corpo ou ficam “travadas”.
Neste sentido, avalia o diretor
do departamento de saúde do trabalhador do Ministério da Previdência
Social, Renigio Todeschini, quando a empresa consegue criar um ambiente
de trabalho saudável já é um passo em direção à prevenção de todas as
outras doenças relacionadas ou prejudiciais à profissão.
“Quando não há prazer agregado à
profissão, quem sai perdendo é o empregador”, afirma Todeschini. “A
empresa precisa ter responsabilidade social, pois depende das pessoas
para produzir. Havendo lesão, doença ou afastamento, o faturamento é
afetado. A qualidade de vida no trabalho é um dos mais eficientes
mecanismos de prevenção, tanto da depressão quanto de qualquer outra
patologia”, diz.
A proporção de doenças
Dores e depressão lideram
Outros problemas
A
empresa que incentiva seus empregados a seguir o caminho da vida
saudável reduz o risco até mesmo de doenças que não têm conexão direta
com o ambiente profissional. As varizes, por exemplo, que chegaram ao 5º
lugar nos motivos de afastamentos com 44 mil casos, seriam menos
incapacitantes em pessoas que ao final do expediente – ou antes dele
começar – fazem atividades físicas ou exercícios laborais.
Da mesma forma, mulheres estimuladas a fazer check-ups anuais e alertadas sobre a importância do autocuidado talvez não precisassem ser afastadas por mais de 15 dias para operar um mioma uterino em fase avançada, doença responsável por 47 mil licenças em 2010.
Seria uma possível estratégia
também para que a população feminina não enfrentasse a hemorragia na
gestação e o constrangimento da bexiga caída que também apareceram no
“top 10” dos auxílios-doença concedidos no ano passado.
Mesmo bê-a-bá de hábitos
saudáveis renderia incidência reduzida de doença isquêmica do coração e
câncer de mama, outros dois vilões de 2010 em estatísticas de
afastamento, com 27 mil e 14 mil casos respectivamente. Nesta via dupla
traçada pela prevenção e doenças ocupacionais, todos sairiam ganhando.
Empresa e profissionais.
Fonte iG
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