Nutricionista comenta sintomas causados por alimentos estragados
Publicada em
A nutricionista do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição
(Cecan) da Região Sudeste da ENSP, Alessandra Veggi, comentou em
entrevista ao portal de notícias Bonde, do Paraná, quais são os
sintomas mais comuns provocados pela ingestão de alimento estragado. A
reportagem, publicada nesta segunda-feira (2/7), traz informações sobre
como reconhecer um alimento fora dos padrões de consumo.
Aprenda a identificar quando um alimento está estragado
2 de julho de 2012
Você vai ao supermercado e compra frutas, verduras e carnes
supostamente fresquinhas, mas detecta que em poucos dias alguns desses
alimentos já apresentam sinais de contaminação. Isso acontece porque os
alimentos estragam em ritmos e de maneiras diferentes, o que leva muita
gente inexperiente na cozinha a ficar em dúvida na hora de avaliar se
eles podem ou serem consumidos.
Dados do
Ministério da Saúde apontam que as bactérias são responsáveis por 83,5%
dos casos de intoxicação alimentar, sendo a salmonela a grande vilã. Os
produtos que mais provocam problemas de saúde são os ovos crus e mal
cozidos (22,8%), carnes vermelhas (11,7%), sobremesas (10,9%), água
(8,8%) e leite e derivados (7,1%).
Os alimentos
classificados como perecíveis – aqueles que estragam rapidamente, como
carnes, leite e seus derivados, ovos, frutas, verduras e legumes, são os
que merecem mais atenção. A nutricionista Alessandra Veggi,
pesquisadora da Fiocruz e integrante do Centro Colaborador em
Alimentação e Nutrição, ressalta que os sintomas mais comuns após a
ingestão de um alimento contaminado são diarreia, vômitos, dores
abdominais, mal-estar e febre. "Há casos que podem levar à morte",
adverte.
Além de bactérias e fungos, os
alimentos podem ser contaminados por vírus e parasitas e também por
toxinas produzidas e liberadas por esses microrganismos. Como nem sempre
essa contaminação é percebida, é importante estar atento ao prazo de
validade e ao estado de conservação dos alimentos. Confira a seguir 12
sinais que indicam quando os alimentos estão impróprios para o consumo:
Peixe –
Quando o peixe está estragado, geralmente tem cheiro muito forte. Para
peixes que já têm cheiro forte por si só, procure alguma descoloração ou
cor opaca. Se estiver amarronzado, amarelado ou meio cinza, mesmo que
seja só nas bordas, é hora de jogá-lo fora.
Ovos – Se
você suspeita que há ovos estragados na sua geladeira, faça um teste:
em uma tigela com água coloque os ovos sem quebrar e observe. Os
estragados vão boiar e os bons ficarão no fundo da tigela.
Carne vermelha –
Um pedaço de carne é tentador, mas se for guardado de forma inadequada,
pode se encher de microrganismos perigosos e transmitir doenças. Dê uma
olhada nas cores. O cinza é sinal de que alguma coisa está errada. Além
disso, se o cheiro da carne for desagradável, jogue fora. Se você ainda
não tem certeza, passe o dedo sobre ela. Qualquer textura viscosa é
motivo suficiente para descartar o produto.
Carne de porco –
Para saber se a carne de porco está fresca ou não, faça os mesmos
testes de cheiro, visão e tato que fez com a carne vermelha. Ela deve
ter um leve cheiro de sangue e estar rosada. Descarte se estiver
vermelho escuro ou sem cor.
Frios –
Se estiverem bem embalados, os frios devem manter-se frescos durante
duas semanas. Quando abertos, têm vida útil muito mais curta, por
estarem expostos ao ar. Use seus sentidos, sinta o cheiro e verifique se
a textura não está viscosa.
Carne de frango –
Um frango estragado é uma bomba-relógio na sua cozinha. Você não deve
conservar um frango cru na geladeira por mais de 48 horas, nem deve
comer um frango congelado há mais de seis meses. O frango podre tem um
cheiro azedo que se parece com amoníaco. Aspecto descolorado ou textura
viscosa também são sinais de que ele deve ir imediatamente para o lixo.
Batatas –
Essa leguminosa versátil dura mais tempo se guardada em lugar fresco e
escuro, mas você deve ficar de olho. Quando uma batata apodrece, ela
contamina as demais. Aperte a batata. Ela deve estar firme para ser
consumida. Se estiver mole, jogue fora. Se tiver qualquer cheiro também
não deve ser usada.
Alface – A
alface tem cerca de uma semana de vida na geladeira. Procure por marcas
escuras ou marrons. Quando fresca tem cor verde ou roxo avermelhado,
dependendo do tipo. Também olhe se a embalagem na qual ela estava
guardada não apresenta sinais de umidade.
Manteiga de amendoim –
O alto teor de gordura da manteiga de amendoim garante que ela não
fique com fungos, mas, como os demais óleos, pode apodrecer com o tempo.
Olhe a data de vencimento e sinta o cheiro antes de consumir.
Iogurte –
O iogurte é um produto lácteo produzido pela fermentação bacteriana do
leite, por isso é um alimento que perece facilmente. O sinal revelador
de deterioração é o cheiro desagradável. Observe o prazo de validade. Se
a tampinha estiver estufada, não consuma.
Cream cheese e requeijão –
Diferentemente de queijos curados, elaborados com molde, como o
gorgonzola e o roquefort, queijos em creme devem ser consumidos frescos.
Jogue fora se estiver com pontos esverdeados ou aspecto esverdeado
(sinais de mofo). Verifique a data de validade. Uma vez aberto, o cream
cheese ou o requeijão deve ser consumido em no máximo uma semana.
Morangos –
Essa fruta delicada estraga com facilidade. Esteja atento para qualquer
mudança de cor e procure manchas com pelos de mofo embranquecido. Os
morangos maduros devem ser firmes e têm cor vermelha brilhante.
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