Brasil tem 12% de bebês prematuros, diz Unicef
Crianças nascidas antes da 37ª semana de gestação são as com maior probabilidade de morrer
Quase 12% das crianças nascidas no Brasil em 2010 eram prematuras
AP
Crianças nascidas antes da 37ª semana de gestação são as com maior probabilidade de morrer antes de completar um ano e ter problemas de desenvolvimento. Apesar de o País ter resolvido as principais razões para a mortalidade de bebês menores de um ano — falta de acompanhamento pré-natal, partos fora de hospital e desnutrição, entre outros —, a prevalência de crianças prematuras no Brasil vem crescendo e atinge justamente as regiões mais ricas, Sul e Sudeste.
As complicações relacionadas com a prematuridade são a primeira causa de mortes neonatais e infantis em países de renda média e alta, como o Brasil. A alta prevalência de prematuridade têm importantes repercussões sociais e econômicas, com a demanda crescente de UTI neonatal, diz o estudo.
Salvar a vida de mães e bebês no parto é um desafio global para este século
No Norte e no Nordeste, 10,8% e 10,9% dos bebês nascidos vivos são prematuros, respectivamente. No Sudeste, a taxa sobe para 12,5% e no Sul, para 12%. Minas Geais lidera o ranking com 12,9%, seguida de São Paulo e o Distrito Federal, ambos com 12,6%. Em geral, as regiões mais urbanizadas e ricas tendem a ter maiores prevalências de nascimentos prematuros do que as regiões mais rurais e pobres, diz o texto.
O estudo revela uma correlação forte entre a cesariana e o nascimento de bebês antes do tempo.
Apesar de afirmar que não apenas as cesáreas
explicam o crescimento, o estudo mostra que, entre 2000 e 2010, o número
de prematuros nos partos cesariana passaram de 6,9% para 7,9%. Nos
partos normais, se mantiveram estáveis em 6,4%.
Na Região Sul, 9% dos bebês nascidos em cesáreas são prematuros e no Sudeste, 8,6%.
Não apenas as cesáreas, mas as induções de parto antes do tempo — por problemas de cálculo do tempo de gravidez ou conveniência de médicos, hospitais e famílias — também contribuíram para o problema.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Não apenas as cesáreas, mas as induções de parto antes do tempo — por problemas de cálculo do tempo de gravidez ou conveniência de médicos, hospitais e famílias — também contribuíram para o problema.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário