Posted: 07 Aug 2013 08:04 AM PDT
O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB/RN), recebeu hoje (05), mais de 1,8 milhão de assinaturas coletadas em todo o país pelo Movimento Saúde + 10. Junto das assinaturas foi entregue a proposta de Projeto de Lei de Iniciativa Popular que exige que a União destine 10% da sua Receita Corrente Bruta (RCB) para a saúde.“Esse projeto não vai ficar engavetado e ninguém vai sentar em cima dele nesta casa", enfatizou o deputado. Henrique Alves comprometeu-se a defender o pleito, dialogando com a presidente da República Dilma Rousseff e participando das negociações com o poder Legislativo. “Posso afirmar que essa luta não vai parar enquanto não se alcançar a vitória que a saúde pública brasileira precisa”, ressaltou diante de uma plateia de mais de 350 pessoas.
O presidente do CONASS, Wilson Duarte Alecrim, destacou que a adesão de quase dois milhões de brasileiros ao Movimento Saúde + 10 representa
o reconhecimento, por parte da sociedade, de que o SUS precisa de mais
recursos e falou sobre o importante momento que o país atravessa. “Esse
movimento que começou há um ano e seis meses se assemelha à trajetória
do SUS, porém em um espaço de tempo menor. Agora, está sob a
responsabilidade dos parlamentares a solicitação da sociedade brasileira
de que o SUS seja melhor financiado para melhorar ainda mais o que
faz”, disse.
Segundo
Alecrim, o Congresso Nacional tem enorme responsabilidade nas mãos.
“Espero que os parlamentares reconheçam a força dessa mobilização e
executem a tramitação da proposta desse projeto de lei em caráter de
urgência, para que tenhamos em um curto espaço de tempo a aprovação dos
10% da RCB da União para a saúde”, finalizou.
Para Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ¬–
uma das principais entidade que compoem o movimento ¬– a entrega das
assinaturas simboliza o esforço das pessoas que foram às ruas coletá-las
e mostra ao Estado que o SUS precisa de mais recursos para que todos os
brasileiros possam ter direito à saúde. “Pedimos ao Congresso Nacional
que ouça as necessidades do nosso povo e assim contribua para que
tenhamos um Estado melhor, mais solidário e mais fraterno".
Para a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) ,
Maria do Socorro, a luta do movimento representa a defesa não apenas do
incremento dos recursos do SUS, como também da distribuição de renda,
da superação das desigualdades e da proteção social, tendo a saúde como
solução para grande parte das desigualdades do país.
Socorro
reconheceu que o Brasil atravessa um momento delicado de instabilidade
econômica, mas ressaltou que a situação não pode atrapalhar a busca pelo
bem estar social da população. “Com políticas sociais também
enfrentamos as instabilidades, por isso, recisamos sentar e debater com o
Governo Federal o que é possível fazer para priorizar a saúde no país”.
O presidente do Conasems,
Antônio Carlos Figueiredo Nardi, reiterou a necessidade de que o
projeto seja votado em caráter de urgência. “Os municípios estão
fazendo a sua parte, mas é imprescindível que tenhamos mais recursos,
por isso peço ao Congresso Nacional que coloque, o quanto antes, em
votação esse projeto de lei”.
Ronald
Ferreira, coordenador do Movimento Saúde + 10, afirmou que, por meio
das assinaturas, o povo se fez presente na luta pelo financiamento
adequado da saúde e ressaltou que está nas mãos do Congresso Nacional
atender ao clamor da sociedade.
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