Edição de agosto da revista Radis está no ar
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Já está disponível a versão on-line da revista Radis, edição n° 131, de agosto de 2013. A reportagem de capa, intitulada "Por que regulação não é censura?", traz
a opinião de representantes de várias entidades sobre a regulação da
comunicação. Entre os entrevistados está Rosane Bertotti, cientista
social, secretária nacional de Comunicação da Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e coordenadora-geral do Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação (FNDC). Para ela, a Constituição assegura
que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e
de comunicação, como um direito de todas e todos, e não somente de
alguns. “No entanto, o que vemos no Brasil é um eterno silenciar dos
vários segmentos da sociedade: mulheres, negros, homossexuais, povos
indígenas, crianças, trabalhadores rurais e urbanos e outros grupos
historicamente oprimidos. Essa censura é exercida pela mídia de forma
velada”, disse.
"Um marco para a pluralidade" é o
título de outra matéria, na qual ativistas, políticos e profissionais
da área afirmam que a democratização da comunicação é uma das
importantes reivindicações levadas às ruas durante os protestos
realizados em junho e julho no país, que repercute diretamente nas
questões de saúde. A reportagem debate a necessidade de uma nova lei
geral das comunicações, que regule democraticamente os meios. “Um
projeto desse porte, quando colocado em prática, garante pluralidade e
diversidade do número de vozes no debate público”, atesta, na revista, o
jornalista Rodrigo Murtinho, vice-diretor de Comunicação e Informação
do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em
Saúde (Icict/Fiocruz), que também é o nome em foco na entrevista
principal da publicação.
A seção Comunicação e
Saúde aborda um estudo que analisa a saúde nos jornais. Monitoramento
realizado apontou frequência da temática e ênfase nas doenças crônicas e
na "lógica do risco". Do material já reunido, explica a revista, uma
primeira pesquisa foi realizada pelo Laboratório de Comunicação e Saúde
(Laces/Icict), com a análise da cobertura, no período de um mês, de dois
jornais: O Globo e Folha de S.Paulo. Também foram monitorados O Dia, do Rio de Janeiro; Jornal da Tarde, de São Paulo; Correio Braziliense, de Brasília; e Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio, do Recife.
Na reportagem "Cigarro: sempre é hora de parar", especialistas orientam
como o fumante pode deixar o vício. Uma delas, Vera Luiza da Costa e
Silva, coordenadora do Centro de Estudos Sobre o Tabaco e Saúde da
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Cetab/Ensp) falou à Radis que
o calcanhar de aquiles da política é o monitoramento. “A política tem
muito a ser aprimorada, principalmente pelo lado da oferta, das formas
de controle da produção, distribuição e propaganda de cigarro, como
melhor regulação e fiscalização dos pontos de venda”, enumera. Segundo
ela, a indústria se utiliza de subterfúgios, como o logotipo da marca de
cigarro em letreiros iluminados, usado como propaganda nos pontos de
venda.
Para enfrentar o lobby da indústria,
complementa Vera, são necessárias precauções. “Nenhuma conversa entre
representante da indústria do tabaco e governo deveria acontecer sem
transparência. Deve haver ainda termos de conflito de interesses para
pesquisadores ligados à indústria”, propõe ela, para quem é importante o
aumento da fiscalização nas fronteiras, a fim de coibir a entrada de
cigarros contrabandeados.
Confira a íntegra da Radis de agosto de 2013.
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