quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Direito do bebê - EOA

Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA) : Ajude a cuidar da audição do recém-nascido

O que é o EOA
O exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOA), mais conhecido como Teste da Orelhinha, é um dos diversos exames para avaliar a integridade da função auditiva. Verifica se a orelha interna (cóclea) está funcionando bem. É realizado em todos os bebês, pois 50% dos casos de surdez não têm causa aparente ou fator de risco que os justifique, havendo a possibilidade de causa genética.
Como o EOA é realizado
É utilizado equipamento digital portátil de tecnologia avançada, capaz de gerar estímulos sonoros e mostrar como o ouvido reage a eles. Pode ser feito com a criança dormindo, pois é rápido, indolor e não tem contraindicação. O resultado sai na hora. É fundamental que o profissional de saúde recomende aos pais ou responsáveis a realização do Teste da Orelhinha antes da alta hospitalar. Se a criança não tiver feito o teste neste período, deverá realizá-lo até, no máximo, 28 dias de vida. A realização após este período é mais difícil, pois o bebê diminui suas horas de sono e aumenta sua atividade motora.
Diagnóstico
Verifique na caderneta da criança o item “triagem auditiva” para saber se ela realizou o teste. Caso as otoemissões estejam ausentes, encaminhe rapidamente para o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva na Alta Complexidade ou para algum serviço de referência na especialidade.
Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos, outros exames devem ser realizados para esclarecer se o problema é temporário ou permanente. É necessário que o diagnóstico esteja completo até, no máximo, três meses de vida. Médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos devem orientar os pais. Fatores como internação em UTI neonatal por mais de 48 horas, história de surdez familiar, rubéola e outras doenças aumentam o risco.
Caso seja confirmado um problema permanente de surdez, não espere! A criança precisa começar imediatamente um tratamento especializado. A reabilitação inclui aparelho auditivo, terapia fonoaudiológica e, no caso da decisão familiar, o aprendizado da língua brasileira de sinais (Libras). Já existe, inclusive, a indicação de cirurgia em alguns casos: o implante coclear, que já é realizado pelo SUS e tem cobertura obrigatória dos planos de saúde.
Diagnósticos realizados entre os 6 e os 24 meses já são considerados tardios. Isso traz grandes prejuízos, pois há perda do período crítico para aprendizagem da linguagem, que tem sua plasticidade máxima entre o nascimento e os 6 meses de vida. Isso dificulta o desenvolvimento global da criança, prejudicando sua evolução cognitiva.
A Lei Federal 12.303/10 diz que o teste deve estar disponível em todos os hospitais e maternidades. Como ainda não é realidade em todo o país, é importante verificar os locais específicos onde o paciente pode ser prontamente atendido. Peça orientação junto aos órgãos competentes de sua região.
Como oferecer o EOA na minha instituição
Informe à direção da instituição em que trabalha sobre a Lei Federal 12.303/10. O texto é muito claro quanto à obrigatoriedade de maternidades e hospitais públicos e privados oferecerem o Teste da Orelhinha gratuitamente às crianças nascidas em suas dependências. O exame deve ser realizado por profissionais habilitados: fonoaudiólogos ou médicos. É necessário que a equipe receba treinamento técnico adequado para garantir a integração das etapas entre a triagem, o diagnóstico e o tratamento. Não basta apenas adquirir o equipamento.
Para saber mais sobre o EOA, entre em contato com o Conselho Federal de Fonoaudiologia: www.fonoaudiologia.org.br
A cada 10 mil crianças nascidas, vinte têm problemas de audição. Pesquisas comprovam que a deficiência auditiva é a doença mais frequente no período neonatal, superando inclusive as patologias encontradas pelo Teste do Pezinho. Por isso, a importância do Teste da Orelhinha.
Não dói, é rápido e gratuito
O Teste da Orelhinha é um exame simples para saber se está tudo bem com a audição do seu filho. Um aparelho eletrônico com fone é colocado no ouvido do bebê, o que permite ao médico ou fonoaudiólogo verificar se a criança ouve normalmente. O exame não tem contraindicações e pode ser feito com o bebê dormindo. Recomenda-se que o teste seja feito no primeiro mês de vida, mas todos os bebês devem passar pelo exame.
Basta pedir 
Lei 12.303/10 obriga todos os hospitais e maternidades do país a realizarem o exame, gratuitamente, nas crianças nascidas em suas dependências. Peça o Teste da Orelhinha. É um direito do seu bebê.
O que fazer se a maternidade ou hospital não tiver realizado o teste
Avise o pediatra ou profissional de saúde logo na primeira consulta. Ele deverá encaminhar o bebê para os locais competentes em sua região.
Resultado
Com a realização do Teste da Orelhinha dois resultados podem aparecer:
• Se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, tudo está bem. Seu filho apresenta audição normal e deve iniciar a fala em torno de 1 ano de vida e ser capaz de construir frases simples aos 2 anos. Caso isso não aconteça, peça uma nova avaliação da audição.
• Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame, atenção! Seu filho deverá passar por um acompanhamento que inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário ou permanente.
Quanto mais cedo, melhor
Caso seja confirmado um problema permanente de surdez, não espere. A criança precisa começar tratamento especializado imediatamente ou, no máximo, até os três meses de vida. A reabilitação inclui aparelho auditivo, terapia fonoaudiológica e, a depender da decisão familiar, o aprendizado da língua brasileira de sinais (Libras). Já existe, inclusive, a indicação de cirurgia em alguns casos: o implante coclear, que já é realizado pelo SUS e tem cobertura obrigatória dos planos de saúde.
O mais importante é que seu bebê faça o exame o mais cedo possível, preferencialmente no primeiro mês de vida, para que se descubra, com a maior antecedência, se há algum problema auditivo. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento, além de prejudicar o desenvolvimento da criança. Seguir essas recomendações faz toda diferença para a saúde auditiva do seu filho.
Fonte:SENADO.GOV.BR

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