Posted: 06 Jul 2012 03:51 AM PDT
Principais erros foram em relação à dose e à frequência
Após ter alta no hospital,
pacientes cardíacos cometem muitos erros em relação à administração de
seus medicamentos, mesmo quando foram bem orientados pelos
farmacêuticos, aponta uma nova pesquisa. Embora nenhum dos óbitos dos
participantes da análise tenha sido relacionado a esses erros, parte dos
voluntários corria risco de vida. O estudo foi publicado no periódico
Annals of Internal Medicine e conduzido no Vanderbilt University
Hospital e Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos.
Para chegar a essa conclusão, os
especialistas acompanharam 851 pacientes que haviam sido hospitalizados
devido a problemas de coração, como falência cardíaca ou infarto. A
idade média do grupo era de 60 anos. Metade deles recebeu tratamento
padrão dos farmacêuticos e a outra metade contou com auxílio extra
desses profissionais.
Do total, cerca de 50% cometeu
um ou mais erros com a administração de sua medicação no período de um
mês após a alta do hospital, independentemente de ter recebido
orientações extras. Na maioria das vezes, os erros envolviam drogas para
o coração, para dor, contra o colesterol, contra o diabetes e
anticoagulantes. Também foram identificados erros de consumo de ervas,
vitaminas e suplementos. As principais falhas foram em relação à quantia
das doses, a interrupção dos medicamentos antes do prescrito, a
frequência e a não seguir toda a prescrição médica.
Os resultados devem servir de
alerta não só aos pacientes, mas também aos hospitais e farmácias.
Estudos anteriores haviam estimado que o erro atingia apenas 20% dos
pacientes. A nova pesquisa mostra que a margem de erro é muito maior.
Por isso, os autores do estudo reforçam a necessidade de tirar todas as
dúvidas com o médico, buscar mais informações sobre os remédios e contar
com o apoio de um amigo ou familiar na própria casa para ajudar a
administrar corretamente os medicamentos.
Você está exagerando no uso de remédios?
Remédios
ajudam a curar doenças e a aliviar os sintomas que te derrubam uma
semana inteira. Mas muitas vezes o uso é feito de uma maneira
indiscriminada, o que pode não só não te ajudar, como detonar sua saúde.
O médico imunologista Mauro Martins Teixeira, presidente da Sociedade
Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) alerta
para os perigos da automedicação. "O uso de medicamentos sem orientação
profissional pode trazer sérios riscos à saúde, os famosos efeitos
adversos". Confira se você está cuidando adequadamente da sua saúde.
1. Dose
O
principal erro que as pessoas cometem ao escolher um remédio sem
auxílio de um profissional capacitado é errar a dose e não escolher a
melhor medicação tanto para a doença, quanto para o próprio organismo.
Esse erro pode trazer graves efeitos adversos. O clínico geral Paulo
Camiz, do Hospital Israelita Albert Einstein, chama atenção ainda para
os cuidados com a terceira idade. "Essa faixa etária é mais sensível à
medicação e está sujeita a um conjunto maior de efeitos adversos e
desfechos desfavoráveis."
2. Automedicação
Os
efeitos adversos possíveis são os mais diversos e costumam constar nas
bulas, podendo levar a sérias intoxicações em casos mais graves. O
imunologista Mauro explica que outro problema decorrente do mau uso de
medicamentos é o "mascaramento" da doença. "A automedicação pode aliviar
os sintomas, mas a causa continuará presente, ou seja, além de o
problema não ser resolvido, ele pode se agravar sem que a pessoa
perceba", explica. A melhor opção é sempre procurar o médico, receber o
diagnóstico correto e tomar a medicação adequadamente recomendada ou
prescrita.
3. Suplementação
Mauro
Teixeira explica que suplementos alimentares também devem ser usados
com recomendação de um profissional da área da saúde. "Se mal usados,
esses produtos podem causar constipação, dislipidemias, lesão renal e
alterar os níveis de proteínas no sangue", explica.
4. Fitoterápicos
Remédios
fitoterápicos têm origem vegetal e, por isso, muitos acham que podem
ser tomados sem nenhum cuidado especial. No entanto, o clínico geral
Paulo Camiz explica que, se algum produto independente da sua origem
(vegetal ou sintética) possui um efeito terapêutico, certamente ele
também possui efeitos colaterais e interações medicamentosas. "Chamá-lo
de produto 'natural' simplesmente dá a falsa sensação de que é isento de
efeitos adversos, mas trata-se de um remédio comum", aponta.
4. Fitoterápicos
Remédios
fitoterápicos têm origem vegetal e, por isso, muitos acham que podem
ser tomados sem nenhum cuidado especial. No entanto, o clínico geral
Paulo Camiz explica que, se algum produto independente da sua origem
(vegetal ou sintética) possui um efeito terapêutico, certamente ele
também possui efeitos colaterais e interações medicamentosas. "Chamá-lo
de produto 'natural' simplesmente dá a falsa sensação de que é isento de
efeitos adversos, mas trata-se de um remédio comum", aponta.
Fonte Minha Vida
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