Posted: 27 Jun 2012 05:52 AM PDT
A
 Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) lançou ontem um alerta sobre
 a importância da vacinação de adolescentes - faixa etária que tem 
calendário próprio de imunização, mas em que é mais difícil obter a 
cobertura necessária. Ontem, mais de 350 médicos se reuniram em São 
Paulo para discutir estratégias para ampliar a vacinação desse público. Entre as preocupações está a hepatite B, transmissível por beijos, relações sexuais e sangue, que pode se tornar crônica, levando a complicações como a cirrose. A vacina contra a hepatite B é a primeira a ser dada ao bebê, mas só entrou no Programa Nacional de Imunização a partir de 1998. Quem tem mais de 15 anos, pode não ter recebido as doses necessárias. "Hepatite B é cem vezes mais transmissível que aids. É preciso se certificar de que o adolescente tomou as três doses, que garantem a imunidade", disse o médico Renato Kfouri, presidente nacional da Sbim.
Kfouri lembra que já há uma 
cultura de vacinar bebês e crianças, público em que a cobertura chega a 
atingir 100% para algumas doenças. Mas isso não ocorre com os 
adolescentes. "Luta-se para chegar a 40% de cobertura vacinal. Isso 
ocorre porque é difícil levar o adolescente à sala de vacina. Ele não se
 sente vulnerável às doenças." 
"Também é necessário que os 
profissionais de saúde tenham outro entendimento", continua. "Hoje, há 
vacinas criadas para serem aplicadas na adolescência, como a que protege
 contra o HPV. É um conceito novo." 
Disponibilidade. Outra 
dificuldade é que grande parte das vacinas para adolescentes não estar 
disponível nos postos, como para HPV, meningite, coqueluche (reforço), 
hepatite A e gripe. 
"A preocupação com o adolescente
 é que ele enfrenta riscos, não só pela idade, mas pelo comportamento. 
Ele se expõe mais socialmente, beija mais, tem uma atitude social que 
aumenta o contato com várias pessoas diferentes e fica mais suscetível",
 afirmou Isabella Ballalai, presidente da regional Rio da Sbim. "A 
atitude aumenta o risco para doenças infecciosas. Isso ficou evidente 
com a gripe suína."
Fonte Estadão
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