Cirurgia de catarata reduz risco de queda dos idosos
Risco de fraturas no quadril pode diminuir em até 28%, diz estudo
Pessoas que realizaram cirurgia
de catarata estão menos propensas a sofrer quedas e fraturar os quadris
do que pessoas que não foram submetidas ao procedimento, diz um novo
estudo. A descoberta foi feita a partir da avaliação de mais de um
milhão de idosos com, pelo menos, 65 anos diagnosticados com a doença
entre 2002 e 2009. A pesquisa foi conduzida por uma especialista da
Jules Stein Eye Institute da University of California, nos Estados
Unidos.
A pesquisadora fez a comparação
entre 410.809 pacientes que fizeram a cirurgia de remoção da catarata
com aqueles que não fizeram a intervenção. Foram levados em conta a
idade, a raça, o sexo, o local da residência, o grau da catarata e
outras condições físicas limitantes de cada participante. Os dados
revelaram que os mais beneficiados com a cirurgia foram os idosos de 80 a
84 anos, que reduziram em 28% o risco de fraturas. Aqueles com doenças
crônicas, como diabetes, apresentaram uma probabilidade de 26 a 28%
menor de quebrar os quadris. Entre aqueles com catarata em estágio
avançado, o risco de fraturas foi 23% menor.
Especialistas já imaginavam que a
intervenção cirúrgica pudesse reduzir o risco de quedas dos idosos.
Entretanto, nenhum estudo relevante sobre o tema havia sido feito para
determinar quão benéfica essa cirurgia poderia ser. A descoberta foi
publicada no The Journal of the American Medical Association.
Catarata é um ponto nublado que
pode se desenvolver na lente do olho. Conforme evolui, a visão vai
ficando cada vez mais embaçada, podendo afetar o equilíbrio e aumentar o
risco de queda e fraturas. A doença é o problema de visão mais ligado a
ossos quebrados.
Quedas são comuns, mas perigosas na terceira idade
De
acordo com o ortopedista Moises Cohen, da Unifesp, estatísticas dizem
que cerca de quase um terço dos idosos caem em um período de um ano, com
isso alguns sofrem consequências graves como fraturas, hemorragias,
traumas cranianos e até óbito, causado direta ou indiretamente após a
queda.
Alguns ainda desenvolvem a chamada "Síndrome Pós-queda", quadro
clínico caracterizado por um pavor descontrolado de andar novamente.
Após uma queda, muitos idosos
ficam com dificuldade para andar. Um fator que pode ter contribuído é a
osteoporose, doença que leva a perda de massa óssea. No entanto, a
questão deveria ser o motivo desta queda. Por isso, um tratamento
multidisciplinar geralmente é necessário para tentar reabilitar esses
pacientes.
As causas das quedas dependem de
muitos fatores.
Fatores de risco intrínsecos
uso inadequado de muitos
medicamentos,
problemas visuais,
doença de Parkinson,
osteoartrite de
joelhos,
lombalgia,
incontinência urinária,
entre outras.
Fatores de risco extrínsecos ( ou
seja, que podem ser modificáveis no ambiente ou nos hábitos)
andar
com calçado de salto alto,
usar sola escorregadia,
caminhar sobre
tapetes lisos,
iluminação inadequada nos ambientes de transição,
chão
encerado,
escadas sem corrimão,
vasos sanitários,
camas e cadeiras muito
altas ou baixas demais,
sedentarismo ou prática de atividades físicas,
como a corrida.
Por isso, o idoso e sua família
devem ficar atentos às consultas de rotina para preservar sua saúde e
proporcionar uma melhor qualidade de vida.
Fonte Minha Vida
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